CONCEPT — abrindo a caixa preta da nossa metodologia de music branding.

Bananas Music
6 min readApr 12, 2018

Para conectar a identidade da marca com a trilha sonora, desenvolvemos uma metodologia própria, que chamamos carinhosamente de Concept.

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É comum acharmos que as preferências musicais revelam algo sobre a personalidade humana. Afinal, é fato que as pessoas usam música para transmitir informações sobre si mesmas para outros, mas também para ler informações dos outros.

Essa grande importância dada ao gosto e às preferências musicais significa que as marcas também podem se utilizar disso para alcançar o público desejado através da sua própria identidade musical, fazendo com que a música seja parte importante do seu branding.

Em um momento onde as marcas se tornam cada vez mais comoditizadas, criar uma forte conexão através da identidade musical pode ser o diferencial para que o cliente se sinta representado e escolha que produto consumir. Muitos estudos indicam que esse aspecto oferece um grande potencial de retorno para todos os tipos de negócio.

Para conectar a identidade da marca com a trilha sonora, desenvolvemos uma metodologia própria, que chamamos de Concept. Dessa forma, temos uma visão 360º do universo da marca e entregamos uma estratégia de music branding muito mais completa, indo além apenas da trilha para o ponto de venda.

Mas como funciona essa metodologia? Existem alguns estágios, pilares e ferramentas essenciais para que o Concept funcione perfeitamente, e é isso que queremos mostrar nesse texto. Ou seja, senta que lá vem história :)

Pesquisa x Curadoria

Nossa pesquisa começa bem antes de a gente saber quem é o cliente para o qual estamos fazendo a curadoria musical. Isso porque pesquisa e curadoria são duas coisas diferentes.

Pesquisa é o que a gente faz todo dia. São as referências e músicas que pesquisamos o tempo inteiro. Curadoria é a evolução da pesquisa diária. É o processo de escolher dentro da sua pesquisa macro, o que vai para a playlist do cliente.

O ideal x O que funciona

Muitas vezes o que achamos ideal conceitualmente, não é o que funciona no dia a dia da loja. Aqui entra a empatia, o feeling e o bom senso para identificar essas questões e criar a playlist que tenha identidade e, ao mesmo tempo, supra as necessidades do ponto de venda.

Para que isso aconteça, é essencial a etapa em que conversamos com quem faz o dia a dia da marca acontecer: o time de vendas.

Esse papo serve para descobrir qual é o ritmo da loja, pois normalmente eles sabem informar melhor como é o clima no dia a dia, horário de pico, quando a loja precisa tocar músicas mais agitadas, mais calmas, etc. Eles também costumam ter uma ótima percepção sobre quem é a persona da marca.

Quando possível, conversamos com o público também, para entender os seus gostos e a forma como se relacionam com música no dia a dia. Dessas conversas, sempre extraímos insights maravilhosos sobre o que acreditam que funciona na loja, o que gostariam de ouvir e como gostariam de se sentir na loja, sempre anotando as verbalizações.

Em clientes de grande porte, o trabalho de pesquisa se divide em dois momentos: um questionário online e um grupo focal.

"Coloquei MPB na loja hoje e trabalhei mil vezes mais feliz."

Aspas tiradas de uma das nossas pesquisas de Concept.

Diagrama de Afinidades

Essa é a etapa em que escrevemos as principais palavras e conceitos que surgiram nas respostas do questionário, anotações da reunião com o cliente, verbalizações dos funcionários e público e as agrupamos em um Diagrama de Afinidades.

Com base nos conceitos de afinidade, similaridade, dependência ou proximidade, geramos um material que contém as macro áreas que delimitam o tema trabalhado, suas subdivisões e interdependências, a fim de identificar conexões entre temas relevantes para a definição da identidade musical da marca.

Os Mood Maps

Para compreender melhor o que estamos descobrindo ao longo de todo esse processo, jogamos insights, quotes, anotações, palavras-chave, artistas, referências e tudo que conseguimos juntar até agora sobre a marca em dois mood maps essenciais para a construção do Concept.

1) Miller Mood Map

O Miller Mood Map é uma matriz que dividimos em 2 eixos: Energia [Calmo/Energético] e Humor [Obscuro/Ensolarado ], onde são colocados todos os tipos de inputs, tags, palavras, músicas e imagens que irão nortear a criação dos moods/playlists da marca.

2) Equilibrium Mood Map

O Equilibrium Mood Map é também uma matriz com 2 eixos dividida entre Tempo [Novidades/Clássicos] e Popularidade [Popular/Desconhecido], onde colocamos o maior número de artistas para conseguir encontrar o equilíbrio ideal para a playlist de acordo com as necessidades do cliente.

Esse mapa também ajuda a evitar que a playlist fique com alguma predominância indesejada de músicas muito conhecidas/desconhecidas ou músicas muito velhas/novidades.

3) Estéticas sonoras predominantes

Depois de mapas e mais mapas, definimos ao menos 4 estéticas sonoras que irão predominar na playlist do cliente com base nos insights e pesquisas anteriores. Normalmente a identidade sonora de uma marca tem bem mais estéticas, mas partimos sempre de 4 ou 5 principais que irão nortear a identidade.

Dentro destas estéticas, identificamos os 10 principais artistas e suas conexões que irão compor o universo musical da marca.

Muitas vezes, o cliente desconhece alguns destes artistas e precisa ter um embasamento do porquê fazermos tais escolhas. Isso ajuda o cliente a perceber e compreender o que vai tocar em seu estabelecimento sem necessariamente precisar aprovar música por música.

Esse top 10 é um guia que deve estar em constante revisão de acordo com os lançamentos e a relevância dos artistas na cena musical atual.

A playlist de 70 horas

Depois de agrupar todas as informações e definir as palavras-chaves, os moods/playlists do cliente, estéticas sonoras e principais artistas, estamos munidos de inspiração (e informação) para criar uma playlist de, no mínimo, 70 horas.

Apresentação do Concept

Com a playlist finalizada, é preciso colocar em uma apresentação todo o processo de criação e os insights que surgiram durante o agrupamento das informações para a criação da playlist.

Esse modelo contém: com quem falamos, o que identificamos, verbalizações, diagrama de afinidades (KeyWords), Miller Mood Map (Blocos Musicais), estéticas sonoras, top 10 artistas e conexões, horário das playlists e o music map que é o resumão da entrega.

Quem achava que curadoria musical é basicamente escolher algumas músicas que a gente gosta, jogar numa playlist e partir pro abraço, agora viu que o processo é um pouco mais complexo que isso, né? :)

É claro que estamos aqui por causa da paixão pela música, mas é preciso dedicar um bom tempo também para entender e desenvolver a conexão que essas músicas tem com a marca e o impacto disso no desempenho dos nossos clientes.

Afinal, não é apenas música, é music branding.

Esperamos que esse texto tenha ajudado a entender um pouco melhor como funciona nosso processo de curadoria. Se quiser conhecer ainda mais do nosso trabalho, é só acessar nosso site. Lá tem um monte informações e cases legais. Que tal ter um concept da sua marca também?

Esperamos seu email :) Ate a próxima!

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uma agência de music branding especializada em curadoria e conteúdo musical para marcas e a primeira empresa brasileira a criar estratégias para marcas no Spotify.

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